terça-feira, 15 de março de 2011

Estilo Bizantino

  • 1750 - É também denominada ‘arte cristã no oriente’;
  • Tem início com a conversão do Imperador romano Constantino;
  • A Igreja Santa Sofia de Istambul é a edificação prototípica dessa arte;
  • Há grande influência da Mesopotâmia como, por exemplo, na decoração ‘entrelaçada’;
  • Na literatura o estilo bizantino, é entendido como o que prima pelo mistério, pela exuberância, no qual o lógico é substituído pelo analógico;
  • Em geral a igreja bizantina obedece à cruz grega de braços iguais;
  • A solução arquitetônica, apoiando a cúpula maior em outras menores, caracteriza o bizantino;
  • O mesmo se observa na Igreja de S. Marcos, em Veneza;
  • Outro exemplo: Catedral Ortodoxa de Buenos Aires (Bairro San Telmo).

Estilo Islâmico


  • Também chamado muçulmano ou moçárabe, está fortemente imbricado ao desenvolvimento da cultura árabe;
  • Herdaram, entre outras coisas, o estilo paleocristão bizantino, com suas reminiscências helenísticas e etruscas, juntamente com as tradições da Pérsia;
  • Da Índia também chegou alguma coisa, como as cúpulas de ‘sorvete’;
  • A contribuição da Arábia pré-islâmica se restringiu à escrita rebuscada;
  • As imagens dos deuses locais foram destituídas sob a interdição de Maomé contra a idolatria;
  • No final do século VII os soberanos islamitas, já estabelecidos nas terras conquistadas, passaram a erigir mesquitas e medinas como símbolos de seu poder;
  • Os artífices eram arrebanhados na Síria, Pérsia, Egito e até no Afeganistão;
  • Os ornamentos eram ricos e o uso de leões alados foi uma constante;
  • Recebeu considerável influência da arte egípcia, mesopotâmica e até mesmo indiana;
  • Na Península Ibérica, com influências celtas e romanas, ganhou o nome de ‘moçárabe’ ou mourisco.

Estilo Românico (Paris - Panoramic View from Sacré Coeur)

  • Foi a arte contemporânea da sociedade feudal na Europa Ocidental;
  • Muito incentivada pelas ordens monásticas da Idade Média;
  • Nasceu por volta do século X e desapareceu em meados de 1200, com o surgimento da arte gótica;
  • Seu berço foi o norte da Itália;
  • Considerável utilização de esquemas geométricos;
  • A denominação é de uso recente e data de 1825, quando se passou a denominar assim certos idiomas e, por paralelismo, o estilo correspondente;
  • Politicamente, o estilo românico foi praticado ao tempo final dos carolíngios, quando depois da morte imperador Carlos Magno (814 d. C.);
  • Contrastado com o gótico, que o sucedeu, o estilo românico é mais sereno e próximo do clássico;
  • Em arquitetura a característica do estilo românico deriva da introdução da abóbada de pedra, em substituição do teto plano da basílica. Resultou dali o reforço dos muros e a pouca abertura das paredes;
  • Da tradição romana, através da basílica, o românico mantém os arcos. Os nórdicos contribuíram com a ornamentação geometricista e vegetal;
  • No período românico diminuiu a preocupação plástica da arte, porque se trocava o indivíduo exterior pelo interior, o humanístico pelo rigorístico;
  • A temática interior conduziu-se na direção intimista;
  • Em função disso, a plástica desaparecerá por muito tempo da escultura e da pintura;
  • Nasce também a ogiva, que depois será aproveitada, especialmente, na abóbada de estilo gótico;
  • Exemplo característico: Igreja Nossa Senhora de Pompéia, em Belo Horizonte.

Estilo Gótico

  • Teve início em meados do século XII na região da atual Paris;
  • O termo gótico está diretamente ligado às tribos bárbaras dos godos;
  • O tipo de pilar mais utilizado é um núcleo central;
  • Enfatiza-se a logicidade, a formalidade, a seriedade, a organização, ainda que tenha conotações imediatas com a ascensionalidade do espírito;
  • Por isso, a busca de altura e excelente iluminação interna é quase uma obsessão;
  • Exemplo típico: Basílica de Notre Dame em Paris;
  • No Brasil uma construção típica e a Catedral da Sé em São Paulo;
  • A ampla utilização de vidraçarias e rosáceas também é comum;
  • A construção quase sempre dá o efeito de ser longilínea, mais que larga;
  • A utilização de górgonas e gárgulas nas extremidades dos telhados, nas construções civis, foi um aspecto característico desse estilo;
  • Não pode ser definido em termos cronológicos apenas, mas também em razão da sua extensa abrangência geográfica;
  • Não obstante, teve pouca influência nos países do Leste Europeu, como Rússia, Ucrânia, Polônia;
  • Esteve presente na Europa, em diferentes momentos, da Sicília à Islândia;
  • Em princípio, em 1140, sua área era bastante limitada: atingia somente o norte da França;
  • Assim, em alguns lugares ‘durou’ 400 anos, em outros, apenas 150 anos; marcou a Europa Ocidental de modo geral;
  • O termo gótico foi um dos poucos termos estilísticos cunhados primeira e principalmente para a arquitetura;
  • O processo adotado é o da criação de motivos sobrepostos. Neste sentido cooperam a linha curva quebrada e a oferta de novos acidentes de tamanho menor;
  • Coincidiu, em seu final, com a peste negra; principais expoentes: Francesco Traini, Melchior Broederlam, Giotto;
  • As proporções eram perseguidas quase matematicamente e acreditava-se que os efeitos de luz que entravam pelos vitrais traziam o espírito de Deus.

Estilo Mourisco


  • Em linhas gerais foi o estilo islâmico adaptado e complexificado no contexto ibérico (Portugal e Espanha);
  • O modelo ‘madrasah’ também foi usual na península ibérica: um pátio quadradro interno com uma fonte ao centro;
  • Em cada lado do pátio se abre uma saleta retangular abobadada;
  • A clareza geométrica foi uma contribuição eminentemente turca (bizantina);
  • A natureza flexível das primeiras mesquitas permitiu quadruplicar o tamanho do templo;
  • Na Espanha, a ‘floresta’ de colunas delgadas sustenta palácios cobertos com telhados em formato de abóbada;
  • As nervuras cruzam-se em vários sentidos criando uma rede de alvéolos;
  • O efeito espacial é de algo fluído, ilimitado e misterioso;
  • As saliências e reentrâncias das paredes fazem a superfície parecer uma gaiola rendilhada;
  • O estilo mourísco chega ao máximo de requinte no Palácio da Allambra de Granada, construído durante a baixa Idade Média;
  • Em função disso, mesmo estando no Ocidente, surge no imaginário coletivo como a representação cênica característica de As Mil e Uma Noites.


Estilo Manuelismo



  • Foi a manifestação lusitana do estilo gótico internacional;
  • A construção mais característica é a Torre de Belém, erguida por Manuel I entre 1515 e 1521;
  • Apresenta cordas esculpidas nas paredes externas de pedra;
  • Pedras talhadas, atalaias medievais e austeridade são suas principais características;
  • Todavia, arcos de inspiração italiana e motivos mouriscos também se mesclam no gótico manuelino;
  • O Mosteiro dos Jerônimos, ainda em Belém, também é em estilo Manuelino;
  • A torre principal é sustentada por pilares octogonais;
  • A península Ibérica e, em especial, Portugal, vivia a euforia das grandes navegações.

Estilo Renascentista




  • Estilo que se estendeu pelos séculos XV e XVI;
  • Foi uma primeira revisitação da Antigüidade clássica;
  • Guiando-se pelo humanismo, teve em Florença, Itália, seu berço gerador;
  • Ilustração típica do estilo: Palazzo Medici-Riccardi, em Florença;
  • A articulação de uma lógica racional busca proporções rigorosas;
  • Os valores clássicos não foram ‘copiados’, mas reinterpretados numa concepção naturalista, racionalista e humanista;
  • Ao procurarem um método preciso de medidas, criaram novas fórmulas para as perspectivas;
  • Uma ordem fria e estática substituiu o calor arrebatador dos interiores góticos;
  • As colunas tomaram o lugar dos pilares; o compactamento é colossal, como nas antigas termas romanas;
  • A palavra de ordem na arquitetura passa a ser ‘rigor’; a boa forma seria conseguida dando-se valores exatos às medidas principais dos edifícios;
  • Acreditava-se na genialidade individual, o que distinguia os criadores dos indivíduos comuns;
  • A filosofia e a matemática de Pitágoras influenciam a arquitetura e até a música;
  • A arquitetura, que além de abandonar o linearismo gótico, pela retomada do arco redondo e da cúpula, tem suas primeiras manifestações em Bruneleschi (1337-1446), autor da catedral de Florença;
  • Nomes significativos: Donatello, Leone Alberti, Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael.