O projeto de interiores pode e deve ser elaborado juntamente com o projeto arquitetônico. Em casos de reformas, o projeto pode ser desenvolvido de duas maneiras: a primeira é através da distribuição dos espaços de acordo com usos e fluxos de pessoas em uma sala de planta livre, por exemplo. Pode-se estudar a separação das áreas social e íntima em uma residência ou o isolamento de locais com muitos ruídos do atendimento ao público numa empresa. A segunda maneira e a mais utilizada é a transformação dos espaços existentes para receberem novos usos, como converter casas em escritórios, consultórios ou estabelecimentos comerciais ou transformar um quarto que não se usa mais em home theater. Vale a pena lembrar que, por formação, o arquiteto tem conhecimento de questões estruturais, o que lhe permite a construção de forros e paredes para delimitar espaços ou a demolição das mesmas para ampliações, sempre tomando por base e estrutura existente.
Mas, independente dos casos descritos acima, um projeto de interiores engloba muito mais: a escolha do mobiliário adequado para cada ambiente com a possibilidade de um desenho exclusivo de acordo com a necessidade do cliente (escritórios sob medida, dormitórios, móveis para coleções, etc....); estudo de cores para destacar paredes, ampliar pequenos espaços, alegrar ambientes infantis...
A escolha de revestimentos sempre é uma tarefa complicada para o proprietário da obra, já que a variedade existente no mercado é muito grande. O arquiteto pode ajudá-lo na escolha certa para cada ambiente, tirando partido da variedade de produtos e de inúmeras combinações possíveis para tornar cada espaço único. A iluminação acontece da mesma forma: o projeto busca sempre a quantidade certa de luz para cada atividade desenvolvida dentro dos ambientes, as melhores opções de luminárias e economia de consumo.